sábado, 15 de maio de 2010

CASA FEITA COM GARRAFAS PET EM TARUMIRIM














































Contruída no Horto Florestal de Tarumirim. Homenagem á persistência e repúdio ao desperdicio.

Tarumirim, área de conflito!

É compreensivel que alguns queiram falar
mais das tetas que do leite, mas este não é meu objetivo. Também compreensivel que não agrade à todos. Nem jesus conseguiu, ele foi pregado na cruz, pagou por nossos pecados e tem gente que ainda faz oração quando rouba. Como os deputados distritais de Brasília. Também não tenho abnegação suficiente para morrer na cruz.

APESAR DE TUDO OS PERCALÇOS TEMOS TRABALHADO MUITO... EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA BASE ONDE OS GOVERNOS NÃO QUEREM NEM SABER...














































PARTICIPAÇÃO É GARANTIA DE CIDADANIA

A cidadania se expressa verdadeiramente no município, quando a sociedade organizada participa das ações efetivamente das ações do poder público. A descentralização promovida a partir da constituição de 1988, não previu mecanismos de incentivo á participação popular nos governos municipais. Previu sim a participação, mas não a qualificação para esta participação. Uma participação sem qualidade para poder questionar o rumo das propostas apenas serve para referenciar as decisões tomadas pelos técnicos e políticos dos governos.
É preciso reformas no modo de se governar as pequenas cidades, como Tarumirim. Mas, para esta existir precisa que os moradores questionem as suas representações. A participação da sociedade nos conselhos municipais é a afirmação de que existe democracia. Parece que os movimentos centralizadores da década de 70 ainda estão bem representados na cidade de Tarumirim. As conquistas introduzidas pelas luta sociais como instrumentos de participação na gestão pública não se concretizam como verdadeiros mecanismos de controle da coisa pública.
PARTICIPE DOS CONSELHOS MUNICIPAIS, ELES SÃO UMA BOA ESTRATÉGIA PARA GARANTIR OXIGENAÇÃO NA DEMOCRACIA DA CIDADE.

PALESTRAS, PLANTIO DE ÁRVORES E MUITO TRABALHO PARA O MUNICÍPIO DE TARUMIRIM





































GESTÃO AMBIENTAL EM TARUMIRIM - RÔMULO PERENTONI AMORIM

EM CONSTRUÇÃO... !!!! DO YOU KNOW WHAT A MEAN!!!

TARUMIRIM A HISTÓRIA ESQUECIDA - PARTE III

BREVE !

TARUMIRIM A HISTÓRIA ESQUECIDA - PARTE II

O distrito Tarumirim foi estabelecido pela lei estadual n° 556 de 30 de agosto de 1911, e instalado em 08 de junho de 1912, com as seguintes divisas: “Partindo da barra do córrego do Vai-Volta com o rio Caratinga e por este acima até a base do córrego Ponte Alta, na Sesmaria de Antonio Pedro da Silveira; por este acima ate os espigões em linha reta em direção ao poente,compreendendo as águas vertentes do Ribeirão Santo Estevão abaixo até a Barra do Rio Doce, descendo até a Barra do Ribeirão Thahíras e por este acima compreendendo todas as vertentes até o alto da Serra que divide as águas do Queiroga e Jataí, sempre por vertentes, até a Barra do Vai-Volta com o rio Caratinga” ( AMM, 2009).
Segundo a Associação Mineira de Municípios (2007), informações sobre o município de Tarumirim dão conta que o núcleo de povoação que deu origem ao município, foi criado por Antonio Cunha e seus irmãos no inicio do século XX e cresceu com a chegada de outros moradores, formando-se o povoado denominado Patrimônio do Cunha. Em 1911, o povo é elevado a distrito com o nome de Tarumirim, pertencendo ao município de Caratinga e tendo como “representante na câmara municipal desta cidade o senhor José da Costa Ferraz “(SAYGLI, 1997).
Mas a história administrativa do município começou antes. Seu território pertenceu ao Município de Manhuaçu e a partir de 1890 com a emancipação da cidade de Caratinga, passou a pertencer a esta. Perdeu-se muito da História de Tarumirim, mas lendo-se sobre os fatos da época pode-se concluir que muito da criação do lugar e posterior crescimento, provieram de lutas políticas regionais, especialmente na cidade anteriormente sede do Município; Caratinga. Desta, partiram inúmeras pessoas para compor a população do novo povoado. Dentre muitos pode-se citar o Dr: Joaquim Nóbrega da Motta, médico, fundador do jornal “Povo de caratinga”, militante do partido político “Bacural ou Figueirista” que veio para Tarumirim junto com outros, depois do fim do seu partido político “(SAYGLI, 1997).
Apesar da dificuldade em se compor um quadro explicitamente verídico da vida da cidade de Tarumirim no inicio do século, é de importante valia para a caracterização da época, a descrição da dinâmica da cidade de “Carangola” no início do século, feita por MERCADANTE, 1973 no livro “Os sertões do leste”.
“Na década de vinte há restos comuns em todas as comunidades, traços soltos da época pretérita. 0 Jardim, de árvores fortes, as ruas recém-calçadas, revelando o desassossego das tropas de animais, a cruzar as cidades com sacos de aniagem. Alguma vez, um rebanho, a manada revolta, invadindo o centro com estrépito e tumulto. Cavaleiros pelo dia, apeando do cavalo, de botas e espora, ou matutos tranqüilos trotando sem garbo. Os carros de boi em profusão, descarregando os macaqueiros chegados dos distritos para as compras no varejo.
Havia no tempo sobras de lutas e ressentimentos. Histórias e fatos misturando-se. Crimes e júris. As pretas velhas desfilavam casos com se fossem lendas.
Maio dir-se-ia mês de deslumbramento. As festas religiosas ganhavam um esplendor à altura das tradições. 0 hino à Maria, à sua pureza, ligava-se aos encantos das meninas. Para cada noite, as mãos de uma criança coroavam Nossa Senhora. 0 séquito caminhava em direção à igreja com luzes multicores. 0 altar armava-se num dos nichos, e após a reza, o cântico. Maria, a ser coroada, prendia-se ao centro de um céu de estrelas douradas. Meia lua de prata cortava a abóbada entre as cores vermelhas. Um pouco de barroco das Congonhas, renascido com graça nos Sertões do Leste.
Maio assistia alegremente às tradições. Nas festas religiosas, as barracas armavam-se com jogos de prendas Ao redor do Jardim, em allegro com fuoco, o espetáculo das congadas incorporava à paisagem da fé a presença do negro.
Mas na atmosfera de campanário a luta política endurecia os corações. Ressentimentos e olhares sólidos. O chefe do executivo descia pela rua principal. Vingavam-se, os adversários com sarcasmo, sonhando com revanche 0 foguetório explodia, saudando noticias e atenazando os inimigos. A revolução distante, de tempos a tempos, virando os poderes. Da capital à província a trajetória fazia-se por telegramas cifrados. De um ponto a outro, cercas de arame farpado dividiam as esferas. 0 poder separava. os homens adultos, tornava-os álgidos e duros.
Os rios da Mata atravessam a paisagem e o tempo. Desde as origens, cortam silenciosos as aldeias e cidades. rumo do mar. Seguem para o Doce ou Paraíba. Funclal Garcia pintou-os em épocas distanciadas, límpidos rolando na solidão dos descampados e turvos, mais tarde, quando a erosão lhes tingiu as águas. Temperamento agreste, sensibilidade sertaneja, traçou nas telas as veredas com gente quase afogada pela vegetação. Os ranchos humildes desbotam-se diante da ênfase com que carrega ele as tintas no traço do latifúndio”.

Nas décadas de 1930 e 1940, a estrada de ferro vitória-minas ajudou no povoamento da região, com seu grande fluxo de passageiros, sempre transportava pessoas que por aqui acabavam por ficar e fixar residência. Na década de 50, coube à construção da estrada Rio-Bahia, o impulso deste processo. A pavimentação do antigo caminho de tropeiros trouxe novo fluxo de mercadorias e pessoas para a região. Estava a partir deste momento, consolidada a abertura para conquista do território.

TARUMIRIM A HISTÓRIA ESQUECIDA - PARTE I

Um Olhar Histórico Cultural.

O município de Tarumirim está ligado umbilicalmente ao Brasil. Não apenas pelo fato de estar localizado em posições geográficas que o colocam dentro deste país. Mas, por determinantes culturais que muito se assemelham no início da conquista da região onde está a cidade de Tarumirim ao do próprio país. “Gente transplantada, terra selvagem e fértil, cujo processo de gerar riqueza consistia em derrubar matas e queimar madeira” (Sodré, 1985). Isto tudo, para alimentar um comércio externo microrregional, tão pobre e limitado quanto o próprio mercado consumidor regional atual. Região de pecuária de gado de corte e leite, de exportação de mão de obra barata desqualificada, para o exterior, além mares. Cidade de muita gente pobre honesta e trabalhadora, mas, como o próprio Brasil, comandada por vezes ao longo da historia po uma insipiente pseudo-elite poderosa e manipuladora.
Como não podia deixar de ser tudo, toda esta dinâmica anteriormente exposta, influenciada e definida por uma conjectura nacional política administrativa, mas, mais política que administrativa.
O próprio “début” do antigo “Patrimônio do Cunha” como cidade, se deu em um destes (os quais são muitos) movimentos de centralização e descentralização administrativa do estado nação brasileiro. Por tudo isto é imprescindível à contextualização histórica da cidade e região contida neste Capítulo. Mesmo sendo esta breve e sintética questão histórica não é o objeto principal desta dissertação, mas, merece menção porque influíu e influi determinantemente no tipo de gestão ambiental hoje encontrada na cidade de Tarumirim e reproduzida em todas as cidades da micro-região.
Neste contexto, entendido o termo micro-região como, a unidade territorial na qual se desenvolvem processos típicos do desenvolvimento em quaisquer de suas dimensões (Sepúlveda,2005).
As terras onde se localiza o município de Tarumirim e todo o leste de Minas Gerais despertam interesse e curiosidade desde a chegada dos Portugueses no Brasil. A crença de que existiam riquezas foi o principal elemento impulsionador para as “entradas”, neste território. “A creditava-se em três lugares “Vapabuçu” do ouro (grande lagoa, lagoa dourada), “Sabarabuçu” ( Itaberaba-assu ou grande serra), e a “Serra das Esmeraldas”. A primeira das expedições foi a de Fernandes Tourinho em 1573, que saindo de Porto seguro com quatrocentos homens margeou o rio doce. A presença da floresta pluvial tropical ajudava a construir o mito, pois se o ouro, a prata e as esmeraldas não eram encontrados também não se podia dizer que não existiam “(ESPINDOLA, 2005).
Os povoamentos desde sempre foram às estratégias para ocupação dos territórios indígenas do leste de Minas, dele dependia o sucesso da abertura da navegação fluvial. O território onde hoje localiza-se Tarumirim até inicio do século 19 era habitado por índios, cujas principais etnias eram os Purí e Botocudos. Estes índios circulavam ao longo do rio doce, entre a foz dos rios Manhuaçu e Cuité, e subiam pelo rio Caratinga indo até a foz do ribeirão Sacramento Grande. Na localidade chamada de Bananal Grande, hoje atual município de Tarumirim. Existia ai um pouso, onde os índios de diversas tribos concentravam-se nas suas migrações sazonais. Neste local em 1827 o Sargento Norberto Roiz com um grupo de mais de 100 índios provavelmente da etnia Naknenuk encontrou Botocudo “peuruns” e com famílias desconhecidas os combateu. A motivação, provavelmente é devido ao ataque que estes promoveram á 14 ou 15 fazendas anteriormente (ESPINDOLA, 2005).
Neste mesmo local em 1856, com o fim da guerra ofensiva contra os índios, foi criado um destacamento de pedestre. Estes destacamentos eram forças militares de segunda linha, que pertenciam ao corpo de pedestres da província de Minas Gerais (ESPINDOLA, 2005).
A região de Tarumirim, desde 1808 á 1839, era responsabilidade da 6ª Divisão Militar do Rio Doce (DMRD) que a principio era encarregada da guerra contra os índios em suas diversas fases e estratégias, isto, sempre buscando a implantação da navegação comercial do Rio Doce.
Estas terras eram as mais embrenhadas nas matas. Uma das punições mais severas do período era degredar os criminosos para a região. Os que chegavam eram em sua maioria vadios, índios rebeldes, desertores que fracassaram em suas fugas, praças indisciplinados ou que cometeram crimes, assassinos e ladrões de toda espécie (ESPINDOLA, 2005).
A maior parte das pessoas que se dispunha a enfrentar este território sertanejo veio a contragosto. De uma maneira geral, era formada de mestiços e negros pobres, vivendo de culturas de subsistência, da caça, pesca e coleta. Gente ambiciosa, e ambiciosos de todo o tipo, aventureiros, oportunistas, jagunços, garimpeiros, prostitutas e fabricantes de aguardente, taberneiros, canoeiros de comércio de sal, tropeiros, juntando-se a praças das divisões militares e índios aculturados. À medida que se intensificava o povoamento de certas áreas, entravam em cena os especuladores, que logo tratavam de conseguir terras para vendê-las á um preço especulativo. Todos viviam numa região de estrutura social indefinida, e distante do poder, onde o que imperava era a violência de jagunços, matadores de aldeias e capitães do mato (ESPINDOLA, 2005).
No que diz respeito ao trato que se tinha com a terra não era muito diferente do que se observa nos dias de hoje. Quem chegava em sua maioria, não possuía apresso pela natureza e via tudo como uma paisagem terrivelmente opressora e embrutecia-se para suportar o meio ambiente adverso. Havia uma permanente “fome” de terras de mata. O solo era tratado como recurso descartável e não havia a idéia de preservar a sua fertilidade. Desta forma, não apenas a expansão, mas a própria manutenção do nível de atividade agrícola exigia o avanço sobre as áreas de floresta. As roças de pobre avançavam sobre a floresta. A queima da mata era o fator principal que impulsionava a ocupação (ESPINDOLA, 2005).
Em 1862 o governo mineiro dividiu o território da Província em circunscrições, mantendo no centro de cada uma, um contingente de pedestres. O poder público mineiro, sem abrir mão de seu domínio sobre o território, procurou reduzir os encargos da sua presença na região. A partir daí, os frades capuchinhos assumiram papel importante, substituindo em muito a figura do estado, depois que desapareceu o interesse econômico pela região (ESPINDOLA, 2005).
A formação de povoados aplicada na época, provavelmente foi à maneira que se deu também para a formação do núcleo populacional da cidade de Tarumirim.
Os povoados se formavam pela doação do terreno por parte de um potentado local, (no caso de Tarumirim a família Cunha) em torno de uma capela para a qual conseguia a autorização eclesiástica. A autorização era facilitada quando se tinha um padre secular membro da família ou se era o fazendeiro de maior poder, situação comum em Minas. Depois de construir o templo e doar o patrimônio canônico, em nome do santo de sua devoção ( no caso especifico de Tarumirim, São Sebastião) providenciava-se o arruamento, deixando-se espaço para a praça em frente à futura matriz e logo surgiam as primeiras casas. O doador e os demais fazendeiros também erguiam os seus sobrados, alguns tendo na parte térrea um estabelecimento comercial. A capela ficava subordinada a uma paróquia, até que o aumento da população criava condições para elevação à paróquia e construção de um belo templo, proporcional à riqueza local (ESPINDOLA, 2005).
A fixação inicialmente de moradores inicial na região foi bastante lenta, tendo seu inicio da dispersão demográfica espontânea provocada pelo declínio da antiga região mineradora. A população foi avançando e se estabelecendo perto dos pequenos cursos d’água. Desde o inicio das entradas na região, até o século XX a malária foi o grande obstáculo á efetiva ocupação das terras que margeavam o rio doce e seus afluentes inclui-se ai a região de Tarumirim (ESPINDOLA, 2005).
Este processo de invasão e conquista do Sertão do Rio Doce, se apagou da memória e da historia. No lugar, ficou uma narrativa centrada na memória da gente, que entrou para o sertão com a construção da estrada de ferro Vitória-minas, entre 1903 e 1950: fazendeiros, chefes políticos, oficiais militares, agentes de grandes empresas. A memória desses “pioneiros” narra uma historia turva de progresso linear, no qual as pessoas transformam um ambiente selvagem em beneficio do progresso e do bem comum (ESPINDOLA, 2005).

sexta-feira, 14 de maio de 2010

ALGO DE CONCRETO PARA 2010.

Mais um final de ano. Tempo de festas, renovação de promessas e expectativas. Na televisão, no rádio, no jornal, e nas ruas só se fala da mesma coisa: Consumo, presentes e promessas. Nesta bolha de ilusão que se renova a cada ano.
Todos parecem ser transportados para uma terra mágica onde a felicidade consiste em comprar, ter e consumir. Tudo antes do final da noite do dia 24 ou 31 de dezembro. Soa quase como um conto de fadas. E seria, se todos cumprissem com o que sonham e prometem. Se todos se esforçassem o mínimo para que existisse um mundo melhor.
A realidade, é que o que sobra das festas de fim de ano é lixo, muito, muito lixo. Este se amontoa pelas ruas, nos lixões e aterros controlados existentes em nossas cidades e ai permanecem por anos e décadas á fio sem solução.
Vivemos tempos de aquecimento global, de reuniões de cúpula das lideranças mundiais. Todos empenhados em resolver os problemas climáticos que hoje já podem ser sentidos. Tempos de certificação ambiental para empresas, de muitas, muitas medidas inúteis “mitigadoras” e de infinitos discursos politicamente corretos. Mas, assim como a cada fim de ano, o que fica de concreto para o meio ambiente são promessas e palavras jogadas ao vento.
As secretarias estaduais e municipais de meio ambiente, dentre todas as secretarias do executivo, são as que possuem os menores orçamentos; isto nos estados. Nos municípios nem se cogita. Aqui na grande maioria das cidades do leste de Minas Gerais, os órgãos ambientais quase que invariavelmente estão atrelados à secretarias de Agricultura. Estas, não conseguem resolver nem seus principais problemas. Subsistem sucateadas e tentam moribundamente dar conta da bovinocultura decadente e predatória da nossa região que dirá da questão ambiental.
E assim, mais um ano termina. Todos comprando presentes, muitas promessas sendo feitas e nenhuma ação realmente importante para o meio ambiente sendo executada.
Fica aqui uma sugestão. Na noite de natal, olhe bem para o rosto de uma criança de quem você ama e pense: Que planeta quero deixar para ela. Após isto, se realmente se importar, faça algo de concreto. Quem sabe consumir menos. Quem sabe amar mais. Quem sabe plantar uma árvore. Quem sabe, procurar algum órgão ambiental da sua cidade e oferecer ajuda. Tente saber das dificuldades e das realidades que eles enfrentam, da distância do discursos dos políticos e do que realmente acontece.
São pequenas atitudes individuais que podem realmente transformar este planeta num lugar melhor e viável de se viver.
Lembre-se: algumas religiões acreditam em salvação individual, outras em salvação comunitária, mas a verdade e que se não cuidarmos de nosso planeta, começando por nossas casas e cidades, o inferno será de todos.

Feliz 2010!

TEMPOS DE CRISE!

Vivemos tempos de crise, não apenas a crise financeira, mas uma crise que está ai há mais tempo; “uma crise de humanidade”. Vivemos numa sociedade onde as drogas estão se tornando gêneros de primeira necessidade, não apenas as drogas puníveis, mas principalmente as toleráveis, como álcool e cigarro. Como falar em preservação de meio ambiente externo, se não se respeita o maior patrimônio natural do próprio homem e templo de Deus, “O corpo”.
O desrespeito com o meio ambiente que nos rodeia, começa na descarga de nossas casas, através da qual despejamos centenas de litros de dejetos por dia, nos mesmos mananciais de água que logo abaixo captamos para beber. Continua no lixo que sem controle produzimos todos os dias e depositamos na lixeira “mágica”, que desintegra tudo ou simplesmente colocamos em qualquer horário e quantidade nas calçadas e que some levado por homens que não sabemos o nome, para quem trabalham, e o que fazem com ele. Mas afinal também não é de nossa conta! Ou será que é!
E as praças e árvores tenho certeza que tem alguém querendo cortar uma. Mas, para que preservar, ninguém liga e elas estão ai para nos servir. Não é mesmo!
Quanto ás praças, existe até placa para não depreda-las! Um disparete!
Em 05 de junho de cada ano, comemoramos o dia Mundial de Meio Ambiente. A festa sempre se dá com distribuição de mudas,de discursos copiados e de muitos papelzinhos que em menos de cinco minutos são jogados no chão emporcalhando as ruas. Há! Mas, como disse, tudo está ai para nos servir! Para que preservar, para que se preocupar. Afinal não é de ninguém! Ou será que é?
Nesta época de crises, a crise maior é a crise do respeito, a crise do conhecimento, onde ter e muito mais importante que ser.
Estamos perdendo a capacidade de nos indignar. A capacidade de nos comportamos como seres ditos humanos, uma capacidade fundamental que nos diferencia dos bárbaros da idade média; a idade das trevas. Mas para que se importar com esta história de meio ambiente, nada disto é comigo.
E assim depois das comemorações o dia mundial do meio ambiente e de aliviarmos nossa consciência com a doação de mudas, recomeça tudo em nossa escola e cidade, onde tudo se repete. A descarga, o lixo, o desrespeito com o corpo, com as árvores, com as praças, com os córregos e muito mais...
Não vou tomar mais o tempo de vocês, afinal é apenas um texto cheio de palavras que em 05 minutos serão logo esquecidas. Isto é claro até o momento em que nossos filhos ficarem doentes, até alguém ver o seu imóvel desvalorizado pelo odor do lixo, até chegarmos em casa e na torneira não sair água. Mas, Afinal de contas isto não acontece aqui no leste de Minas Gerais! Não é mesmo!
VAMOS CONTINUAR NOSSO TEATRO! FINGINDO QUE NÃO É CONOSCO, AFINAL DEVE HAVER ALGUM CULPADO NÃO É MESMO! SEMPRE HÁ!

E O TAL DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL!

Desenvolvimento para quem! Sustentável para quantos!
O sistema econômico predominante há algum tempo em todo o planeta, têm suas bases assentadas na diferenciação de classes. Para ser mais didático, basta ter em mente a pirâmide econômica brasileira clássica. Muitos pobres e excluídos dos benefícios sociais, econômicos e ambientais em sua base, e uma pequena amostra de privilegiados em seu topo.
É meio inocente, talvez ideológico ou até mesmo malicioso o discurso muito utilizado pelos políticos em campanha. Existe uma cartilha para o discurso do desenvolvimento sustentável no Leste de Minas, Jequitinhonha, nordeste e outras tantas regiões menos favorecidas do país.
Calçamento, ambulância, quadra de esporte são as demandas mais prometidas. Elas tomaram o lugar das dentaduras, cestas básicas, pagamento de contas de água e luz dos tempos pretéritos. Vale aqui questionamentos. Que desenvolvimento é este? Para quem? Ou melhor, para quantos?
Para efeito de esclarecimento. Desenvolvimento e crescimento não são sinônimos.
Nas eleições 2010 e posteriores, cobre dos candidatos parte do que verdadeiramente precisamos:
· Investimentos em agricultura, que é a base econômica de nossas cidades rurais;
· Cursos profissionalizantes de verdade, para qualificar nossa população para o mercado de trabalho; no lugar das amostras grátis de programas relâmpagos que atualmente existem;
· Unidades demonstrativas de mini-industrias agrícolas, para ensinar Know How para nossos agricultores;
· Estações de tratamento de esgoto e destinação correta dos resíduos, no lugar da ambulâncioterapia carro chefe da política “Tylenol” de saúde.
Enfim, investimentos que possam ajudar no combate á fome, no resgate da cidadania e na viagem de progresso contínuo no sentido econômico, social e ambiental que é desejado pela noção de desenvolvimento sustentável da raça humana.