sexta-feira, 27 de agosto de 2010

O UNIVERSO DO TUDO PODE

A ordem é: “Não podemos perder votos!”. Dentro desta estratégia de garantir sempre o acesso ao poder e não contrariar interesses privados em detrimento às necessidades de todos, vive-se a realidade do “Laissez-faire” (Liberalismo) na maioria dos pequenos municípios. Seguindo a ordem desta lógica de uma maneira ou de outra todos perdem, principalmente a natureza e os mais pobres em recursos financeiros.


Nossas cidades em geral foram habitadas sem nenhum planejamento, até porque planejamento é uma palavra sem muito sentido no dicionário da administração pública na maioria dos pequenos municípios. Em conseqüência disto, andando pelas ruas destas cidades pode-se ver de tudo um pouco. Construções dentro ou em cima do que antes eram córregos, casas dependuradas nas beiradas dos morros, abertura de lotes em barrancos sem nenhum parâmetro de engenharia etc, tudo isto já consolidado. Podem-se perceber também muitos outros absurdos; terra colocada no meio da rua em qualquer dia e hora, praças e áreas de lazer ocupadas com os conhecidos trailers de lanches, interdição completa de ruas para eventos particulares e tantas atos que neste este espaço não comportaria descrever. O que é público e o que é privado perde completamente o significado, e o pior é que muitos de nos julga estes atos como normais.

Outra questão voltando ao de sempre, é o porquê excluindo a desculpa da falta de recursos de não se tratar corretamente o lixo, o esgoto, os animais soltos nas ruas, a poluição visual, sonora, as queimadas, o corte indiscriminado de árvores e muitas outras agressões ao ambiente. A conseqüência de tudo isto, de tanto liberalismo exacerbado como o da ordenação das nossas cidades podem ser vistos nos hospitais, postos de saúde e farmácias. Todos sempre lotados e operacionalmente no limite extremo de sua capacidade. Nada é por acaso! Tempo seco, ambiente insalubre, excesso de vírus da gripe e muitos outros “probleminhas” que aparecem.

O certo mesmo é que não é por falta de informações que as “coisas” não acontecem, até porque não faltam meios para se acessar estas informações.

A ordem é “Não podemos perder votos!”.