segunda-feira, 17 de maio de 2010

O UNIVERSO DA CAIXINHA MÁGICA

Vivemos a ilusão de que tudo acontece como no reino da fantasia de Alice.

De quando em quando elegemos o mágico mor. Ele com sua varinha mágica, ajudado por figuras mitológicas como fadas, ninfas e duendes administram, orientam e ordenam todas as forças materiais e humanas do município. As forças espirituais são coordenadas pelos líderes religiosos que purificam, derramam bênçãos e salvam as almas de todos, Independente do que tiverem feito nesta esfera de deidificação do universo.

As ruas da cidade são limpas por duendes verdes. Árvores, água e todo os recursos naturais não possuem fim , não se deterioram e também não influenciam na qualidade de vida dos citadinos. Lixo não se acumula nas ruas e ninguém precisa se preocupar, porque os líderes da comunidade resolvem tudo. Para isto foram investidos de poder. A população é coadjuvante devendo apenas se preocupar em trabalhar e ser feliz na busca do progresso econômico individual infinito.

Prezados! Vamos acordar deste sonho de contornos de pesadelo. Nenhum de nós é Alice, e aqui não é o reino da fantasia.

O meio ambiente não existe para nós servir. O processo iniciado pelo iluminismo é que infringiu está visão em nosso consciente. Tudo o que fizermos volta invariavelmente para ou contra nós.

Quando se joga lixo nos córregos, reproduz-se o ambiente ideal para a proliferação de mosquitos e outros vetores que podem afligir a saúde com dengue, leptospirose e outras tantas endemias que se não abreviam, deterioram a qualidade da vida humana.

Ao se despejar esgotos crus nos córregos, decreta-se o inicio do processo que desemboca no carro chefe da política “Tylenol” de saúde: a ambulâncioterapia e a conseqüente depleção dos recursos financeiros públicos.

O que precisa ser entendido, é que este mundo é real. Os recursos do planeta são finitos e embora muitos não reconheçam, a cidade é de domínio público, mas privadamente somos responsáveis por sua dinâmica e conservação. Alias, somos julgados e medidos pelo que nela ocorre.

O lixo é a nossa impressão digital; as ruas às artérias e o cérebro são as atitudes conscientes, participativas e democráticas dos cidadãos de bem.

Tudo nesta medida bem entendido, sejamos homens racionais e cristãos conscientes. Educação não se resolve por leis, decretos e pela vontade de apenas um. Juntos podemos construir um desenvolvimento verdadeiro para nossa cidade e região. Sozinhos somos apenas espectro borrado de um João Batista às avessas.

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