Vivemos dentro de um sistema econômico onde o dinheiro é o centro das preocupações. O Símbolo do desprezo pela vida e pela natureza é comprovado pela pouca ou nenhuma atenção direcionada às questões de saneamento básico. Os mesmos habitantes do planeta que conseguem desenhar satélites com alta tecnologia, possantes aviões e maravilhas tecnológicas cada vez mais impressionantes, são os mesmos seres que permitem a acumulação de lixo proveniente do consumo exagerado perto e pelas ruas das cidades. É o mesmo ser que não se importa, que milhares de semelhantes seus, morram todos os anos contaminados por doenças provenientes da falta de tratamento de esgoto e de soluções para o lixo.
É o mesmo ser que se diz livre, mas que na realidade se tornou servo da sua própria criação “O CAPITALISMO”! Este ser chamado homem, coisificado que foi pelo deus “Mercado” serve passivamente a filha deste novo bezerro de ouro, “a Moda”, idolatrando - a e seguindo cegamente sempre as suas orientações. Este terrível ente, se materializa todos os dias em nossas ruas, TVs e nos templos do consumo. A cada dia ditando quantas horas mais nos, seus escravos, teremos que trabalhar para idolatrá-la melhor, principalmente através do consumo daquilo que não precisamos.
É difícil, mesmo tendo conhecimento desta realidade de servidão se livrar deste domínio. A todo o momento existe um bombardeio de propagandas e informações passando a mensagem que é imperativo consumir para ser feliz. Que é necessário a balança comercial ser sempre positiva, não importa a que custos e sacrifícios isto ocorra. Dentro desta filosofia do deus mercado, sucumbe o homem, sucumbe a natureza e tudo o que é vida. A vida se transformou em coisa, em comodite. O que interessa mesma é o tal crescimento. Mas, Crescimento para quem? Crescimento para que? Lucro para quantos?
É muito obvio que o objetivo do projeto de Deus é contrario ao objetivo do projeto do mercado. O homem precisa voltar ao centro dos objetivos do progresso humano. Ai sim passarão a existir soluções para o esgoto, para o lixo, para a natureza e conseqüentemente para a vida. A grande maioria de nos sabe disto, mas: “Vivemos dentro de uma ficção: sabemos, mas não acreditamos que sabemos”. Precisamos mesmo de uma profunda revisão de valores. Precisamos levantar a bandeira de paz contra a terra. Uma paz perene. Há séculos estamos em guerra contra ela e é certeiro que nesta guerra não existe vencedores.
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