Pobreza e devastação ambiental são parceiras. É impossível falar de uma sem se referir a outra. Nos morros mais íngremes por onde se estendem a grande maioria das favelas e que encontramos os exemplos mais clássicos de insustentabilidade urbana. Estas pessoas não moram nos morros porque assim escolheram. Foram empurradas para lá, por um sistema econômico que remunera apenas o que é raro. Um modelo econômico que prega um crescimento exponencial dentro de um planeta finito. Um sistema que parecia sem limites, que a cada dia demonstra claros sinais de que precisa ser reformulado.
Retornando às favelas, elas nunca vão acabar. A existência de favelas e pobreza é que mantém a estrutura devastadora econômica, política e ambiental que vivemos desde o tempo do império no Brasil.
Quanto à sustentabilidade, pelo menos a defendida pela ONU (Organização das Nações Unidas) baseada na tríade: Economia, Social e Ambiental, desconsidera um fator que a torna incrivelmente longe da realidade da nossa região. “A VONTADE POLITICA”.
Não há como ter esperança com o modelo de atores políticos que possuímos em muitos de nossos municípios. Estes afirmam que o modelo de sustentabilidade acima referido, é muito difícil de conseguir alcançar nos pequenos municípios por uma questão de recursos. Diria que é mais uma questão de vontade.
Que venha a reforma eleitoral. Mas, antes que aconteça o despertar em cada um de nós. “Afinal, as pessoas que ocupam cargos de direção política são nossos representantes”. “Uma amostra do que nós somos e pensamos”.
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