A percepção da realidade em que se vive é termômetro das tensões sociais e possível perspectivas de mudanças desta mesma realidade.
Quanto menor o conhecimento de outros modos de se viver, maiores serão as chances de prevalência dos atos absurdos praticados contra a natureza e conseqüentemente contra a vida.
Cada País, Estado e Cidade, assim como possui distintas paisagens e ecossistemas, possuem distintas maneiras de se relacionar com elas. A cultura, o costume e não só, determina grande parte da dinâmica desta relação. Mas, um atenuador de possíveis exageros é o conhecimento e a lei. Não necessariamente nesta ordem.
A conseqüência de toda esta dinâmica relacional reflete diretamente na saúde e conseqüentemente na vida e morte das populações. Como sempre acontece no reino animal, os mais frágeis e fracos da sociedade e que sofrem as maiores conseqüências.
O Estado, ente coordenador da sociedade moderna, entra nesta história para dirimir conflitos e aplainar desigualdades. Para isto, este, dita regras e estabelece órgãos subjacentes para controlar os desvios de comportamento. Pronto! Nascem daí os grandes conflitos e contradições.
O Estado, principalmente no Brasil, muitas das vezes se confunde com as pessoas que estão com o seu poder. As leis se transformam em “letra morta” e as estratégias necessárias para se manter este poder é que na verdade passam a ditar os caminhos a serem seguidos. Neste ínterim, quem mais sofre são os pobres em recursos financeiros e em educação. Como este sofre também as conseqüências, o seu meio ambiente. Mais especificamente a água, a habitação, o lazer e principalmente a educação.
Portanto é inócuo, inocente e conveniente falar em meio ambiente apenas como plantio de árvores e em temas transversais para serem tratados nas escolas. Falando em parábola, e parafraseando o dito popular: “enquanto as piranhas comem o boi e os bobos românticos se amarram em árvores, a manada atravessa o rio desviando recursos, jogando esgoto nos córregos, lixo nos lixões, e abrindo lotes nos altos dos morros e em áreas de risco”.
Quem puder ouvir ouça!
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