Mais um final de ano. Tempo de festas, renovação de promessas e expectativas. Na televisão, no rádio, no jornal, e nas ruas só se fala da mesma coisa: Consumo, presentes e promessas. Nesta bolha de ilusão que se renova a cada ano.
Todos parecem ser transportados para uma terra mágica onde a felicidade consiste em comprar, ter e consumir. Tudo antes do final da noite do dia 24 ou 31 de dezembro. Soa quase como um conto de fadas. E seria, se todos cumprissem com o que sonham e prometem. Se todos se esforçassem o mínimo para que existisse um mundo melhor.
A realidade, é que o que sobra das festas de fim de ano é lixo, muito, muito lixo. Este se amontoa pelas ruas, nos lixões e aterros controlados existentes em nossas cidades e ai permanecem por anos e décadas á fio sem solução.
Vivemos tempos de aquecimento global, de reuniões de cúpula das lideranças mundiais. Todos empenhados em resolver os problemas climáticos que hoje já podem ser sentidos. Tempos de certificação ambiental para empresas, de muitas, muitas medidas inúteis “mitigadoras” e de infinitos discursos politicamente corretos. Mas, assim como a cada fim de ano, o que fica de concreto para o meio ambiente são promessas e palavras jogadas ao vento.
As secretarias estaduais e municipais de meio ambiente, dentre todas as secretarias do executivo, são as que possuem os menores orçamentos; isto nos estados. Nos municípios nem se cogita. Aqui na grande maioria das cidades do leste de Minas Gerais, os órgãos ambientais quase que invariavelmente estão atrelados à secretarias de Agricultura. Estas, não conseguem resolver nem seus principais problemas. Subsistem sucateadas e tentam moribundamente dar conta da bovinocultura decadente e predatória da nossa região que dirá da questão ambiental.
E assim, mais um ano termina. Todos comprando presentes, muitas promessas sendo feitas e nenhuma ação realmente importante para o meio ambiente sendo executada.
Fica aqui uma sugestão. Na noite de natal, olhe bem para o rosto de uma criança de quem você ama e pense: Que planeta quero deixar para ela. Após isto, se realmente se importar, faça algo de concreto. Quem sabe consumir menos. Quem sabe amar mais. Quem sabe plantar uma árvore. Quem sabe, procurar algum órgão ambiental da sua cidade e oferecer ajuda. Tente saber das dificuldades e das realidades que eles enfrentam, da distância do discursos dos políticos e do que realmente acontece.
São pequenas atitudes individuais que podem realmente transformar este planeta num lugar melhor e viável de se viver.
Lembre-se: algumas religiões acreditam em salvação individual, outras em salvação comunitária, mas a verdade e que se não cuidarmos de nosso planeta, começando por nossas casas e cidades, o inferno será de todos.
Feliz 2010!
Vc fez um ótimo trabalho!
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